COMPOSIÇÃO DOS RCD GERADOS EM ETAPA DE PÓS OBRA ORIGINADAS DE CORREÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES VERTICAIS

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Marcelo Oliveira Caetano
Fernanda Bonini Lambiase
Luciana Paulo Gomes

Resumen

Após a finalização da obra, etapa denominada de pós obra, existe um período de garantia do produto entregue para o cliente. As manifestações patológicas ou não conformidades que ocorram na edificação, mesmo posterior a finalização da obra, devem ser corrigidas pelo construtor. E, essas ações corretivas são potenciais para geração de resíduos de construção e demolição. Embora boa parte das vezes representem pouco volume, estes devem ser gerenciados adequadamente conforme a legislação vigente. Devido as dificuldades em quantificar este tipo de RCD; seja pelo pequeno volume, heterogeneidade, diversificação dos motivos das correções, entre outros; esta pesquisa propôs um levantamento da composição gravimétrica dos resíduos gerados na etapa de pós obra relacionando a classe do RCD e as não conformidades identificadas e corrigidas nesta etapa. O Estudo de Caso em uma Construtura abordou duas Obras Residenciais Verticais com dois padrões construtivos diferentes (alto e médio padrão). A coleta de dados foi realizada a partir de um banco de dados digital da Construtora que registra as correções executadas pós obra. Foram identificadas as ocorrências e a partir disso, fez-se a estimativa da geração e classificação dos RCD gerados para cada tipo de não conformidade corrigida. Os resultados obtidos demonstraram uma predominância da geração de resíduos com potencial de serem reciclados. Cerca de 71% e 67% do total de RCD gerados pelos empreendimentos de alto e médio padrão, respectivamente, poderiam estar sendo enviados para reaproveitamento. Os subsistemas construtivos com maior ocorrência de manifestações patológicas pós obra (média de 22%) e, consequentemente, maior geração de RCD foram “Impermeabilização”, “Instalação Hidráulica”, “Solidez e Segurança da Construção”. Mesmo apresentando uma composição gravimétrica de RCD similares, comparando os empreendimentos de médio e alto padrão, percebeu-se uma grande diferença na quantidade de manifestações patológicas (ocorrências) identificadas e reparadas. Enquanto que para o primeiro (padrão alto) foram detectadas 161 ocorrências, para o Empreendimento 2 foram atendidas 339 ocorrências (padrão médio). Da mesma forma, para o segundo empreendimento foram identificadas correções graves no subsistema “Solidez Segurança do Edifício” devido a problemas de qualidade de material e mão de obra. Este fato pode indicar uma relação de infuência entre o padrão construtivo e o volume de RCD gerado.

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Cómo citar
[1]
Oliveira Caetano, M., Bonini Lambiase, F. y Gomes, L.P. 2016. COMPOSIÇÃO DOS RCD GERADOS EM ETAPA DE PÓS OBRA ORIGINADAS DE CORREÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES VERTICAIS. Revista AIDIS de ingeniería y ciencias ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. 9, 3 (dic. 2016), 331–348.
Biografía del autor/a

Marcelo Oliveira Caetano, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil (PPGEC).

Graduação em Engenharia Civil, Pós Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e Mestrado em Engenharia Civil: Gerenciamento de Resíduos pela UNISINOS. Doutorado em Engenharia de Minas, Materiais e Matalurgia na UFRGS. Atualmente é professor dos cursos de graduação e pós-graduação da UNISINOS.

Fernanda Bonini Lambiase, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2014). Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em gerenciamento de resíduos de construção e demolição, atuando principalmente no período de pós obra de edificações.

Luciana Paulo Gomes, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil (PPGEC).

Luciana Paulo Gomes é doutora em Engenharia Civil/Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo. É professora titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos onde é Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Coordenadora do Sistema de Gestão Ambiental e de Qualidade dos Laboratórios Tecnológicos. Na graduação ministra aulas nos cursos de Engenharia Civil, Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental. Como pesquisadora atua na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Resíduos Sólidos, Domésticos e Industriais. A temática principal de seus estudos é em Gerenciamento e tratamento de resíduos sólidos urbanos e Gestão Ambiental, Líder do grupo de pesquisa do CNPq "Saneamento Ambiental-Unisinos&quot.