OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES INORGÂNICAS EM ÁGUAS DO BRASIL

Contenido principal del artículo

Fernanda Bento Rosa Gomes
Renata de Oliveira Pereira
Samuel Rodrigues Castro
Emanuel Manfred Freire Brandt

Resumen

Por meio de uma revisão da literatura, buscou-se avaliar a ocorrência de espécies químicas inorgânicas contidas no padrão de potabilidade brasileiro em águas superficiais e subterrâneas do Brasil. A principal motivação deste trabalho foi a avaliação do conhecimento disponível associado ao perigo da exposição humana via consumo de água. Foram utilizadas e comparadas duas abordagens para a obtenção das estatísticas descritivas dos dados encontrados na literatura: (i) a substituição dos dados censurados por metade dos seus respectivos limites; e (ii) a estimativa dos dados censurados com base nas distribuições dos dados quantificados. Com intuito de verificar a necessidade de cuidado ao extrair informações de outros países para a atualização do padrão de potabilidade brasileiro, os dados obtidos para os mananciais do Brasil foram comparados aos dados de ocorrência internacional. Para as substâncias que se apresentaram em desacordo com os padrões normativos, se avaliou possíveis efeitos nocivos à saúde humana. Além disso, foram avaliadas diferenças estatisticamente significativas entre a ocorrência das substâncias nos mananciais superficiais e subterrâneos, a 95% de confiança. Foram constatadas faixas de ocorrência similares entre o Brasil e os demais países utilizados como base neste estudo. Contudo, para algumas espécies químicas, a concentração média brasileira demonstrou potencial de superar a internacional. Em alguns casos, a utilização do método de estimativa dos dados censurados com base nas distribuições resultou em percentis sutilmente maiores, diferindo em, no máximo, 0.03 mg.L-1. Cádmio e chumbo apresentaram quantitativo considerável de amostras em concentrações elevadas em águas superficiais.

Detalles del artículo

Cómo citar
[1]
Gomes, F.B.R., Pereira, R. de O., Castro, S.R. y Brandt, E.M.F. 2021. OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES INORGÂNICAS EM ÁGUAS DO BRASIL. Revista AIDIS de ingeniería y ciencias ambientales: Investigación, desarrollo y práctica. 14, 1 (abr. 2021), 224–245. DOI:https://doi.org/10.22201/iingen.0718378xe.2021.14.1.70304.
Biografía del autor/a

Fernanda Bento Rosa Gomes, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - Universidade Federal de Juiz de Fora.

Renata de Oliveira Pereira, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Juiz de Fora

Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2005), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Viçosa, área de saneamento (2007) e doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (2011). Professora efetiva da UFJF e atua no programa de pós-graduação do PROAC- UFJF.

Samuel Rodrigues Castro, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Juiz de Fora

Possui doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais - PPG SMARH/UFMG (CAPES 7), atuando na linha de recuperação de nutrientes de efluentes líquidos via precipitação química de estruvita utilizando fontes reagentes alternativas. Bacharel em Química Industrial pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP (2007) e Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Engenharia Química da UFMG (2010). É Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Juiz de Fora atuando na área de planejamento, gestão e tratamento de resíduos sólidos e correlatas; e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído - PROAC/UFJF.

Emanuel Manfred Freire Brandt, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (ESA) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Possui graduação em química industrial pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Mestre e doutor pelo Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (PPGSMARH) do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) e do Departamento de Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos (EHR) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).