Biosólidos

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Nota editorial

Existe hoje um princípio estabelecido nos países ricos – nos Estados Unidos e na Europa – no sentido de se reduzir fortemente a geração de lodos nas estações de tratamento, assim como reduzir o volume dos lodos produzidos. Nos países da América Latina este é um ponto que vem ganhando força, e não será errado afirmar que há uma tendência em nossos países no sentido de se adotar processos de tratamento em que a geração de lodos seja minimizada, e o volume residual diminuído através de processos mecanizados, alguns de elevado custo, principalmente nos centros metropolitanos.

Por outro lado, nossos técnicos e a própria sociedade, estão cientes da importância em se dar um destino benéfico aos lodos, assim como adotar, quando econômico e tecnicamente possível, processos em que seja possível o aproveitamento de energia. Nesse sentido, o uso dos lodos estabilizados e desidratados como insumo agrícola, se constitui em prática altamente desejada, a ponto de já se poder denominar de biossólidos estes lodos de esgotos. Está aí um princípio que é de sustentabilidade, uma prática de redução de custos e de ganhos ambientais.

A realização do recente Simpósio de Biossólidos no Rio de Janeiro foi uma prova da maturidade que a questão já alcançou na América Latina, e de como é efetivamente possível trabalhar na busca de soluções sustentáveis, econômicas, e acima de tudo benéficas para o meio ambiente. Pois aqui estiveram especialistas e palestrantes de larga experiência vindos dos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile, de vários estados do Brasil, tendo a oportunidade de trocar experiências bem sucedidas, apresentar resultados de pesquisas e de casos de sucesso, assim como de ouvir jovens engenheiros que igualmente participaram da proveitosa reunião. A publicação pela AIDIS dos principais trabalhos do simpósio é uma prova concreta do quanto esta reunião pode ser benéfica, e de quanto poderá trazer como benefício para nossos países na América Latina.

Dr. Eng. Eduardo Pacheco Jordão
Editor invitado

Publicado: 2009-10-08

English Abstracts

Equipo editorial Revista AIDIS

Uso agrícola de lodo de esgoto, estudo de caso da região Metropolitana de Curitiba

Simone Bittencourt, Cleverson Vitório Andreoli, Gil Alceu Mochida, Lia Márcia K. Marin de Souza

1-11

Caracterização do lodo gerado em estação de tramento de esgoto ete chapecó/sc: Resultados preliminares

Anderson Rodrigo Miranda, Rosiléa Garcia França, Franciele Bruzzamarello, Paulo Fernando Rech Medeiros

12-18

Avaliação do processo de digestão anaeróbia da ete Arrudas - mg (Lodo ativado convencional)

Alessandra Valadares Álvares da Silva, Marcos von Sperling, José Maria de Oliveira Filho

19-30

Avaliação da efetividade da estabilização de lodo de esgoto, térmica e/ou química, objetivando a reciclagem agrícola

Reginaldo Ramos, Alessandra Pereira Ribeiro da Silva, Daniel Pereira Oliveira, Luciana Silva dos Santos, Sheila Barbosa Martins

31-40

Avaliação da qualidade do lodo de esgoto quando submetido à secagem/higienização em estufa agrícola

Márcia Regina Pereira Lima, Pedro Além Sobrinho, Edvânia Rodrigues Queiroz Cunha, Karla Schneider Vilela, Lorena Frasson Loureiro

41-48

Uso de biossólidos como estratégia de fertilização da água para produção aqúícola

Patrícia de Souza Lima Cunha, Eduardo Arruda Teixeira Lanna, Rafael Kopschitz Xavier Bastos, Leandro Monteiro de Freitas, Fabrício Rezende

56-64

Uso de lodo de esgoto na recuperação de área degradada no Distrito Federal

Thiago Alves Borges, Cristiano Mano da Silva, Alexander Paulo do C. Balduíno, José Antônio Soares, Carlos Eduardo Borges Pereira

65-75

Duração da fase termófila na compostagem do lodo de esgoto e resíduos vegetais em função de três diferentes tecnologias

Fernando Fernandes, Sandra Márcia Cesário Pereira da Silva, Felipe Gustavo Trennepohl

76-83

Digestão anaeróbia ou estabilização química como decidir?

Manuel Osvaldo Senra Álvares da Silva

108-124

Análise crítica da legislação brasileira para uso agrícola de lodos de esgotos na perspectiva da avaliação quantitativa de risco microbiológico

Rafael Kopschitz Xavier Bastos, Paula Dias Bevilacqua, Graziele Menezes Ferreira Dias, Flávio José de Assis Barony

143-159