Uma interpretação relacional da noção de atividade no comportamentalismo radical

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Christian Silva dos Reis
Carolina Laurenti

Resumen

A atividade figura como tema central no estudo dos fenômenos psicológicos usualmente relacionados à autonomia humana. O comportamentalismo radical, por sua vez, é recorrentemente acusado de defender um modelo de indivíduo passivo. O objetivo deste trabalho foi discutir a possibilidade de se conceber o comportamento como ativo na filosofia skinneriana. Sobre a atividade, têm-se que: (A) é ativo tudo aquilo que dá início ou causa algo; (B) é ativo tudo o que produza eventos, estando as variáveis que acompanham tal produção conspícuas ou não. Nossa investigação, de natureza conceitual, visou, primeiramente, analisar a crítica skinneriana a explicações causais do comportamento. Em seguida, utilizou-se o relacionismo para esclarecer que as noções de causa e efeito são incompatíveis com uma perspectiva comportamentalista radical, indicando afinidades da acepção de atividade (B) com os pressupostos skinnerianos. Nossa estratégica analítica foi, então, relacionar acepções de comportamento operante (instância, classe, probabilidade e repertório) à noção de atividade (B), indicando a produção de consequências e a natureza reflexiva do comportamento como sua própria dimensão ativa, descartando a necessidade de uma causa inicial ou de uma cisão entre comportamento e ambiente presentes nos modelos tradicionais de explicação comportamental.

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Cómo citar
Silva dos Reis, C., & Laurenti, C. (2019). Uma interpretação relacional da noção de atividade no comportamentalismo radical. Acta Comportamentalia: Revista Latina De Análisis Del Comportamiento, 27(1). Recuperado a partir de https://revistas.unam.mx/index.php/acom/article/view/68757