O que fazer com os eventos privados? Reflexões a partir das ideias de Baum, parte I: a definição de privacidade

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Diego Zilio
Alexandre Dittrich

Abstract

Os eventos privados estão entre os principais objetos de reflexão na análise do comportamento.  No entanto, mesmo que literatura significativa tenha sido publicada, parece não haver considerações consensuais acerca da privacidade. Nesse contexto, destacam-se as ideias de Baum (2011a, 2011b): provocativas, elas levantam questões essenciais acerca dos eventos privados. Em dois ensaios dedicados ao tema, argumentaremos que a análise de Baum, em diversos momentos, utiliza-se de conceitos pouco claros e eventualmente contraditórios. Neste primeiro ensaio focaremos dois tópicos: a própria definição de privacidade e a proposta de análise molar do comportamento. Ao contrário de Baum, que define a privacidade apenas pela sua inacessibilidade, ressaltamos que há outro fator essencial na definição dos eventos privados: a forma pela qual se estabelecem as relações privadas entre estímulos e respostas. Trata-se do “contato especial” descrito por Skinner (1963). À luz da definição de privacidade como forma especial de contato, consideramos que a análise molar, embora útil, não elimina ou torna desnecessárias as considerações sobre eventos privados na análise do comportamento.

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Zilio, D., & Dittrich, A. (2015). O que fazer com os eventos privados? Reflexões a partir das ideias de Baum, parte I: a definição de privacidade. Acta Comportamentalia, 22(4). Retrieved from https://revistas.unam.mx/index.php/acom/article/view/48988