Nomadismo e etnicidade. De-colonizar o sedentário como lugar de enunciaҫao.
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Resumo
Existe uma suposição naturalizada de que a sedentarização é um processo evolutivo natural. Nesta narrativa, o nomadismo está espectralmente presente: o nômade é um traço, uma palavra presente que é sugerida tão adiada quanto "mobilidade" ou "transumância", mas o nômade parece secreto e inominável. Caso contrário, argumentamos que a sedentarização não é apenas não natural ouinevitável, mas, nos casos, é o produto de uma relação de poder colonial, de imposição forçada e violenta. A partir do registro etnográfico coletado entre 2004 e 2017 nas terras secas de Lavalle, província de Mendoza (Argentina), procuramos mostrar dinámica nómade em diálogo com estudos e diversas abordagens teóricas sobre o nomadismo em outras partes do mundo. Para isso, articulamos propostas da filosofía nómade com estudos antropológicos, em um esforço para abordar o nomadismo com todo seu escopo e complexidade, em termos políticos, culturais e econômicos.