Nomadismo e etnicidade. De-colonizar o sedentário como lugar de enunciaҫao.

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Leticia Katzer

Resumo

 

Existe uma suposição naturalizada de que a sedentarização é um processo evolutivo natural. Nesta narrativa, o nomadismo está espectralmente presente: o nômade é um traço, uma palavra presente que é sugerida tão adiada quanto "mobilidade" ou "transumância", mas o nômade parece secreto e inominável. Caso contrário, argumentamos que a sedentarização não é apenas não natural ouinevitável, mas, nos casos, é o produto de uma relação de poder colonial, de imposição forçada e violenta. A partir do registro etnográfico coletado entre 2004 e 2017 nas terras secas de Lavalle, província de Mendoza (Argentina), procuramos mostrar dinámica nómade em diálogo com estudos e diversas abordagens teóricas sobre o nomadismo em outras partes do mundo. Para isso, articulamos propostas da filosofía nómade com estudos antropológicos, em um esforço para abordar o nomadismo com todo seu escopo e complexidade, em termos políticos, culturais e econômicos.

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Como Citar
Katzer, L. (2020). Nomadismo e etnicidade. De-colonizar o sedentário como lugar de enunciaҫao. Acta Sociológica, (80), 121–151. https://doi.org/10.22201/fcpys.24484938e.2019.80.76294

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Biografia do Autor

Leticia Katzer, Profesora titular de Antropología Aplicada, Universidad del Aconcagua, e investigadora del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Tecnológicas (CONICET).

Doctora en Ciencias Naturales (Área Antropología Social) por la Universidad Nacional de La Plata.