Colonialidade, masculinidade necropolítica e violência feminicida: o caso da Guerra contra Huachicol no Vale do Mezquital, Hidalgo

Conteúdo do artigo principal

Norman Ivan Monroy Cuellar
Alejandra Araiza Díaz
Flor Carina Vargas Martínez

Resumo

Como resultado da pandemia covid-19, há um aumento significativo na taxa de femicídios e desaparecimentos de mulheres no Vale do Mezquital (estado de Hidalgo). A contingência sanitária em curso, a chamada Guerra contra Huachicol e o problema socioambiental dessa região -uma das mais poluídas do mundo- dão conta do contexto colonial que enquadra essa política de morte (Mbembe, 2006). Assim, neste artigo voltamos à abordagem do Sistema de Gênero Moderno/Colonial de María Lugones (2008) para explicar a configuração de uma masculinidade necropolítica (Valencia, 2010) a partir da figura do huachicolero, a quem é conferido o direito soberano para matar súditos e ter a natureza sob seu controle. Resultado: a violência feminicida como efeito direto dos imaginários coloniais de gênero em que as mulheres se diferenciam, das categorias de gênero e raça, como parte da natureza, logo, apropriável, explorável e danificável devido a uma pedagogia da crueldade (Segato, 2014a)

Detalhes do artigo

Como Citar
Monroy Cuellar, N. I. ., Araiza Díaz, A., & Vargas Martínez, F. C. . (2023). Colonialidade, masculinidade necropolítica e violência feminicida: o caso da Guerra contra Huachicol no Vale do Mezquital, Hidalgo. Acta Sociológica, (88-89), 245–276. https://doi.org/10.22201/fcpys.24484938e.2022.88-89.84877
Biografia do Autor

Norman Ivan Monroy Cuellar, Universidad Autónoma del Estado de Hidalgo (UAEH).

  • Estudiante de la Maestría en Ciencias Sociales,Lic.enPsicología(Social),Universidad Autónoma del Estado de Hidalgo (UAEH).
  • Líneas de investigación: colonialidad, bio/necropolítica, género y sexualidad, políticas y epistemologías queer/transfeministas y decoloniales.

Alejandra Araiza Díaz, Universidad Autónoma del Estado de Hidalgo

  • en Psicología Social, Universidad Autónoma de Barcelona. Mtra. en Antropología Social, Escuela Nacional de Antropología e Historia. Lic. en Psicología, Universidad Nacional Autónoma de México.
  • Profesora-Investigadora de T.C. en la UAEH

Flor Carina Vargas Martínez, Universidad Autónoma del Estado de Hidalgo

  • Mtra. en Ciencias Sociales y Lic. en Sociología, UAEH. Profesora por asignatura, Instituto de Artes, UAEH.
  • Servidora pública en el Centro de Justicia para Mujeres del Estado de Hidalgo.